Os pacientes com restrição ao leito na Unidade de Terapia Intensiva podem apresentar complicações motoras, respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas, neurológicas e etc.
A atuação fisioterapêutica na UTI tem como objetivo prevenir e/ou tratar as doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas secundárias. Ela também atua na otimização do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases pulmonares e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes mantenham uma ventilação pulmonar adequada. Tem ainda o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão.
As condutas compreendem posicionamento adequado no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar, técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva, exercícios respiratórios e músculo-esqueléticos.
Portanto, o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminui os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios não só para os pacientes, mas também para as custas com a saúde em geral.
Gleyce Kelly Pereira de Sousa
Diretora do Departamento de Fisioterapia