A atuação do Psicólogo em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é de extrema importância na triangulação entre equipe de saúde, pacientes e familiares.
Fatores que mobilizam sensações e sentimentos de desconforto são frequentes em uma UTI. O sofrimento físico e emocional pode alterar o estado clínico, sendo então de grande valia a presença do psicólogo com experiência nessa área de atuação, fazendo intervenções contínuas na prevenção e estabilização do quadro emocional de todos os componentes ligados ao paciente, nesse momento de extrema necessidade.
Como a imagem de uma UTI está vinculada a uma gravidade no quadro clínico do paciente, mobiliza imediatamente ansiedade, estresse, angústia e preocupação tanto nos familiares quanto no paciente. O Psicólogo vai possibilitar o tratamento das emoções e das sensações vinculadas e vivenciadas por pacientes, familiares e equipe de saúde, como sentimento de abandono, solidão, insegurança, fragilidade, impotência, medo da morte, entre outros.
Dayanne Alves Pinheiro
Diretora do Departamento de Psicologia
Devido às inter-relações entre doenças Periodontais e problemas sistêmicos, as doenças bucais são consideradas fatores de risco em pacientes graves internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
As Doenças Periodontais, caracterizadas por inflamação e/ou infecção bacteriana, sendo que esta pode alcançar a circulação sanguínea, podendo iniciar ou exacerbar uma doença sistêmica como diabetes, doenças cardíacas e pulmonares, entre elas, a pneumonia, entre outras.
Paralelamente, fatores como algumas doenças, alguns tipos de medicamentos, idade avançada, desidratação, traumas, distúrbios emocionais e higiene precária, podem afetar a saúde periodontal de um paciente crítico, causando boca seca e aumento da placa bacteriana, com consequente comprometimento de seu estado de saúde. Devendo então, as doenças bucais, serem diagnosticadas, tratadas e controladas pelo Cirurgião-Dentista com o treinamento adequado para prevenção e tratamento das mesmas.
Camila de Freitas Martins Soares Silveira
Diretora do Departamento de Odontologia
A terapia nutricional é parte fundamental das medidas terapêuticas no paciente grave, ela visa detectar e corrigir o distúrbio nutricional pré-existente, prevenir a desnutrição progressiva, otimizar o estado metabólico do paciente e sustentar o metabolismo no paciente crítico, podendo assim, reduzir a sua morbimortalidade.
Os pacientes de Unidade de Terapia Intensiva apresentam particularidades clínicas que limitam muitos dos parâmetros de avaliação nutricional, sendo que esta deve ser realizada por profissional qualificado, levando em consideração parâmetros clínicos, antropométricos e laboratoriais.
“As alterações metabólicas provocadas pela doença crítica tornam a avaliação nutricional um difícil exercício clínico.” (Francis Moore, 1959)
Anathany Souza Sartes
Diretora do Departamento de Nutrição
O fonoaudiólogo que atua na equipe multidisciplinar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deve ser especializado e capacitado para atender o doente crítico com distúrbios da comunicação e deglutição, gerenciando programas de reabilitação para prevenção e redução das complicações da disfagia orofaringea e dos déficits de comunicação.
A atuação com pacientes disfágicos deve determinar o risco de aspiração laringotraqueal para prevenir complicações pulmonares e implementar manobras terapêuticas precoces para permitir via oral segura e facilitar a opção da consistência inicial de dieta.
As etapas da intervenção fonoaudiológica são: triagem da população de risco para disfagia e distúrbios da comunicação, avaliação clínica e complementar, intervenção propriamente dita e psicoeducação do paciente, da equipe de saúde e dos familiares.
Os distúrbios de comunicação em UTI significam importante fonte de stress e podem dificultar a relação entre equipe de saúde, familiares e paciente e diminuir o êxito da assistência pretendida. Portanto, a intervenção fonoaudiológica é de grande importância na interação com os profissionais envolvidos no cuidado do doente crítico.
Edna Maria de Sena Souza Rocha
Diretora do Departamento de Fonoaudiologia
Os pacientes com restrição ao leito na Unidade de Terapia Intensiva podem apresentar complicações motoras, respiratórias, hemodinâmicas, cardíacas, neurológicas e etc.
A atuação fisioterapêutica na UTI tem como objetivo prevenir e/ou tratar as doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas secundárias. Ela também atua na otimização do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases pulmonares e dos aparelhos que são utilizados para que os pacientes mantenham uma ventilação pulmonar adequada. Tem ainda o objetivo de trabalhar a força dos músculos, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão.
As condutas compreendem posicionamento adequado no leito, técnicas de facilitação da remoção de secreções pulmonares, técnicas de reexpansão pulmonar, técnicas de treinamento muscular, aplicação de métodos de ventilação não invasiva, exercícios respiratórios e músculo-esqueléticos.
Portanto, o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminui os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios não só para os pacientes, mas também para as custas com a saúde em geral.
Gleyce Kelly Pereira de Sousa
Diretora do Departamento de Fisioterapia
A Terapia intensiva compreende um ambiente complexo, estruturado com aparatos tecnológicos e procedimentos invasivos. O profissional enfrenta com isso o desafio de integrar tecnologia ao cuidado, dominando os princípios científicos. Requer do enfermeiro intensivista competências e habilidades específicas para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil.
É competência do enfermeiro a avaliação da assistência, sendo que o resultado desta avaliação implica na evolução e recuperação do paciente. “Assim sendo, o enfermeiro intensivista deve ser capaz de aliar teoria à liderança, iniciativa, a habilidade de ensino, a maturidade e a estabilidade emocional” (HUDAK; GALLO, 1997).
Para o sucesso e funcionalidade da terapia intensiva, a equipe multidisciplinar precisa atuar de forma interdisciplinar, ou seja, integrar os saberes em prol da continuidade do cuidado.
Cintia Danielle dos Santos Parreira
Diretora do Departamento de Enfermagem