O fonoaudiólogo que atua na equipe multidisciplinar em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deve ser especializado e capacitado para atender o doente crítico com distúrbios da comunicação e deglutição, gerenciando programas de reabilitação para prevenção e redução das complicações da disfagia orofaringea e dos déficits de comunicação.
A atuação com pacientes disfágicos deve determinar o risco de aspiração laringotraqueal para prevenir complicações pulmonares e implementar manobras terapêuticas precoces para permitir via oral segura e facilitar a opção da consistência inicial de dieta.
As etapas da intervenção fonoaudiológica são: triagem da população de risco para disfagia e distúrbios da comunicação, avaliação clínica e complementar, intervenção propriamente dita e psicoeducação do paciente, da equipe de saúde e dos familiares.
Os distúrbios de comunicação em UTI significam importante fonte de stress e podem dificultar a relação entre equipe de saúde, familiares e paciente e diminuir o êxito da assistência pretendida. Portanto, a intervenção fonoaudiológica é de grande importância na interação com os profissionais envolvidos no cuidado do doente crítico.
Edna Maria de Sena Souza Rocha
Diretora do Departamento de Fonoaudiologia