Os idosos são o segmento populacional que mais cresce no mundo todo, sendo o Brasil um dos países com as maiores taxas de envelhecimento populacional1, tendo isso em vista os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1990, e redefinidos em 2002, como sendo uma abordagem que aprimora a qualidade de vida, dos pacientes e famílias que enfrentam problemas associados com doenças, através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor, e outros problemas de ordem física, psicossocial e espiritual2.
Os atendimentos odontológicos de cuidados paliativos para pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) são direcionados ao alívio da dor e a manutenção da higiene oral, para aqueles em uso de respiração artificial a melhora da higiene oral provou ser um importante fator de redução da incidência de pneumonia3. Sendo assim é fundamental que o Cirurgião-dentista saiba direcionar o plano de tratamento para esses pacientes, pois o mesmo pode apresentar saúde periodontal e restaurações insatisfatórias, lesões em tecidos moles além da presença de próteses ou implantes.
Os cuidados paliativos pressupõem a ação de uma equipe multiprofissional, já que a proposta consiste em cuidar do indivíduo em todos os aspectos. O paciente em estado terminal deve ser assistido integralmente, e isto requer complementação de saberes, partilha de responsabilidades, onde demandas diferenciadas se resolvem em conjunto.
1. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- https://www.ibge.gov.br
2. Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic; 2009.
3.Maarel-Wierink VD; Vanobbergen, JNO; Bronkhorst, EM. Metaanalysis of Dysphagia and Aspiration Pneumonia in Frail Elders. J Dent Res, 2011; 90 (12):1398-1404.
Autor: Fabricio Henrique Pereira de Souza
Acadêmico de Odontologia UNIP Goiânia
Monitor de Estomatologia UNIP Goiânia
Associado na Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral
Associado na Associação de Medicina Intensiva Brasileira